quinta-feira, 13 de junho de 2013

Mídia – Entre o bem e o mal

Considerada por muitos como o 4º poder, a mídia possui capacidade de formar opinião, manipular o pensamento e a ação das pessoas. Muitos governos surgiram, foram manipulados, ou extintos, devido à sua influência. A sociedade capitalista faz uso incessante da mídia, por meio da publicidade, promovendo novos hábitos de consumo. Esses hábitos são difundidos pela sociedade, que passam então a ser acrescidos de “valores” tidos como corretos, verdadeiros e “necessários” pela sociedade. Na figura 01, temos uma mulher da tribo africana Mursi, ela posou para uma foto segurando um ipod. Provavelmente ela nunca utilizará este aparelho, mas reparem logo abaixo, dentro de sua mão, existem notas de dinheiro enroladas. Provavelmente recebeu dólares posando para essa foto.
Praticamente toda nossa vida social é moldada pela mídia, o que vestimos, comemos, calçamos, corte de cabelo, higiene pessoal, tudo é pré-determinado socialmente. Nesse contexto, somos bombardeados pela publicidade que praticamente nos impõe os “padrões sociais” para o convívio mútuo. Estar fora destes padrões significa ser diferente, quase anormal. Há muito tempo, um grande pensador chamado Maquiavel disse algo interessante sobre a formação de consciência: “Existem três espécies de cabeças; uma que compreende as coisas por si, outra que sabe discernir o que os outros entendem e, por fim, uma terceira, que não entende nem por si nem sabe avaliar o trabalho dos outros. A primeira é excelente, a segunda muito boa e a terceira inútil”.
Pois bem, tomando como base essa premissa, a mídia utiliza o 3º tipo de cabeça, que pode muito bem ser traduzida pela maioria da população e incute ideias por meio da publicidade. Logo, pessoas imaginam que a felicidade consiste em comprar roupas de marca, carros luxuosos e tudo mais que o sistema capitalista oferece. Ledo engano. A felicidade está nas pessoas e não nas coisas. As mentes frágeis se deixam manipular e formam-se de acordo com o que é repassado nos sistemas de informação. Criam-se monstros consumistas, que apenas estão preocupados com o Eu. O próximo, ou o meio ambiente não importam. Já ouvi relatos de pessoas que trabalharam a vida toda para comprar o carro X ou Y para aí sim, sentirem-se realizadas como indivíduos. São sonhos projetados pelo sistema, que se refletem nas pessoas, por meio da mídia.
E não pensem que isso só acontece no sistema capitalista. Durante os anos em que os regimes totalitários estavam em vigor na URSS, ou mesmo no Nazismo alemão, o Estado controlava diretamente os meios de comunicação para repassar a sua ideologia. Claro, a ênfase não era o consumo, mas a subserviência ao Estado. Tudo que não interessava ao Estado era barrado por meio da censura. Você sabe o que é censura? Manipulação de informação para dominação das massas. Quer um exemplo? Copa do Mundo de 2010, jogo entre Brasil e Coreia do Norte. Você lembra quem venceu? Sim, o Brasil, por 2x1. Na Coreia do Norte foi diferente, sua seleção chegou como vencedora do jogo! Mas como pode? Muito simples, em um país onde os meios de comunicação são manipulados pelo Estado, a única verdade é aquela dita pelos governantes. É claro, com o passar dos dias eles descobriram que fomos nós que vencemos!

Mas e o lado bom da mídia? Existe? Sim, existe. Mostrar a “realidade” é uma de suas funções. Muitos escândalos governamentais foram expostos pela mídia, resultando em mudanças significativas no rumo dos governos dos países. Citamos como exemplo o caso waltergate nos EUA, com o ex-presidente Richard Nixon, principal acusado, que renunciou dias após o caso ir em rede nacional. Atualmente podemos citar o escândalo do mensalão que abalou as estruturas sociais brasileiras. Não nos esqueçamos de Julian Assange, um dos sócios da empresa virtual conhecida como Wikileaks, responsável por divulgar milhares de páginas de informações confidenciais das agências secretas dos EUA na internet, expondo corrupção, violência, tortura  e muitas atitudes suspeitas dos governantes dos EUA, caso que repercute internacionalmente até hoje.

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